João Damasceno Nobre (06/05/1910 – )
No dia 6 de maio de 1910, nasce na Fazenda Bebedouro, distrito de Serraria, Município de Inhambupe, estado da Bahia, o menino poeta João Damasceno Nobre. Antes de se dedicar ao cordel, em 1917 acompanhando a família, usou seu corpo e pensamentos no trabalho da lavoura cacaueira no mesmo Estado em que nasceu.
Em 1955, publicou seu primeiro folheto “As aflições do Presente e as Glórias do Porvir”. Seu conjunto literário: As Profecias do Boi Misterioso, O Cisne Misterioso, A História do Perverso Barba Roxa e o O quengo do Pedro Malazarte no Fazendeiro foram publicados pela extinta editora Prelúdio. Sua arte era assinada com o pseudônimo Amador Silvestre.
O folheto “O quengo do Pedro Malazarte no Fazendeiro” foi reeditado há quase cinquenta anos, o que lhe garante o status de clássico da literatura de cordel.
Trecho do cordel O quengo do Pedro Malazarte no Fazendeiro, da Editora Prelúdio,
Vou contar nesse momento
Um caso que foi passado
De um camarada perverso
Que nunca foi enganado;
Mas um dia foi buscar lã,
Porém saiu tosquiado.
Toda pessoa que ia
Com esse cara trabalhar,
Ele inventava uma treita
Para o pobre não pagar,
E todo mundo caia
No seu jeito de enganar.
FONTES CONSULTADAS
BIOGRAFIAS de poetas. [S.l.: s.n.: 20?]. Disponível em: <http://cordelizandonanet.blogspot.com.br/p/grandes-autores.html>. Acesso em: 22 out. 2014.
BONFIM, João Bosco Bezerra. O gênero do cordel sob a perspectiva crítica do discurso. 2009. 275 f. Tese (Doutorado) – Universidade de Brasília, Instituro de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Brasília, 2009.
CORDEL Atemporal. [S.l.: s.n.: 20?]. Disponível em: <http://marcohaurelio.blogspot.com.br/2011/06/dicionario-basico-de-autores-de-cordel.html>. Acesso em: 22 out. 2014.
LIMA, Marcio Alexandre Barbosa. A literatura de cordel e o uso da mentira. Emblemas, v. 8, n. 2, p. 229-262, jul./dez. 2011.