Paulo Nunes Batista (02/08/1924)
Paulo Nunes Batista, nascido dia 02 de agosto de 1924, capital do Estado da Paraiba, ou seja, Parahyba do Norte, que posterior a revolução de 1930 e após a morte de João Pessoa, passando a chamar-se João Pessoa. O poeta já nasceu circundado por intelectuais e cordelista. Conforme Haurélio, seu pai, Francisco das Chagas Batista era cordelista, apoiado pelo blog da Casa Rui Barbosa que acrescenta a atividade de folclorista e o nome da genitora do poeta Hugolina Nunes Batista. Alem de cordelista, escritor, contista é advogado e jornalista.
Pelas suas posições ideias políticas Santana e Oliveira narra, que: “Na década de 1930, foi preso em diversas cidades brasileiras, pela sua participação e envolvimento com o Partido Comunista.” Embora se tenha conhecimento do fato e se dizendo comunista Nunes jamais se agregou oficialmente a qualquer legenda política.
No entanto, com relação as suas atividades intelectuais e culturais, faz parte de algumas instituições, ocupando a cadeira de número 8 na qual foi empossado em 31 de agosto de 2000 diz Santana e Oliveira. Publicou mais de 130 folhetos de cordel e 28 livros de contos e poemas grande número através da Editora e Gráfica Franciscana, Petrolina, Ceará, 2007, desta forma, seus escritos estão presentes na literatura brasileira.
Sua formação intelectual teve inicio em João Pessoa onde estudou o primário e, em Goiânia concluiu o curso de Madureza, “do curso de educação de jovens e adultos Após – e também do exame final de aprovação do curso – que ministrava disciplinas dos antigos ginásio e colegial, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1961.” formou-se em Direito, na Faculdade de Direito de Anápolis, em 1977.
Em 1969, por concurso público, ingressou no Fisco Estadual e trabalhou em diversas cidades goianas. Hoje é aposentado.
Após morar em vários estados do Nordeste Alagoas e Bahia, Sudoeste Rio de Janeiro e São Paulo e Minas Gerais. Em 1947 fixou residência em Anápolis no estado de Goiás. Ali, em 1949, publicou o seu primeiro folheto de cordel pela Tipografia do jornal A luta. De acordo com Haurélio, “Seus textos poéticos foram traduzidos até para o japonês”.
Ainda com relação a publicação da sua obra, Santana e Oliveira firmam que: “Suas obras foram traduzidas para o inglês, espanhol, italiano, esperanto e braille.”
“Escreveu e editou dezenas de livros, sendo, no cordel, o ABC a modalidade que mais abraçou” garante Aurélio. O blog da casa de Rui Barbosa relata que: “Outra característica do poeta são os folhetos de utilidade pública voltados para o esclarecimento da população”. Para Altimar de Alencar Pimentel citado por Antônio Miranda em seu blog, acrescenta: […] é esse lirismo, expressão maior do seu amor ao próximo, às coisas, à vida, o ponto mais alto da poesia de Paulo Nunes Batista, onde ele se despoja de compromissos ideológicos, para permitir que o poema surja pleno, límpido, cristalino”, a exemplo do poema Velhas Praias, dedicado a Francisco Miguel de Moura:
Ó minhas lavas praias nordestinas,
enfeitadas com velas de jangadas,
que, sobre o mar, vão leves, enfunadas
ao vento bom das ilusões meninas.
Praias perdidas na longíngua infância,
mas que retornam na sutil fragancia,
no adeus dos coqueirais, que o ser me invade…
Praias de brisas mansas soluçando…
Os olhos do Menino marejando…
E o coração chorando de saudades…
Atuou “também como professor lecionando a língua portuguesa no Colégio Comercial daquela cidade em 1950”.
Leitores eu vou contar
A vida de Bico Doce
Sujeito mais sabido
Que neste mundo encontrou-se
O próprio Cancão de Fogo
Com ele um dia embrulhou-se.
Zé Bico Doce nasceu
Disse-me quem assistiu
Antes do tempo esperado
Para o mundo ele existiu;
Nasceu andando e falando
Coisa que nunca existiu
FONTES CONSULTADAS
BATISTA, Paulo Nunes. Disponível em: <http://academiagoianadeletras.org/membro/paulo-nunes-batista/>. Acesso em: 28 out. 2014.
BATISTA, Paulo Nunes. Sonetos seletos. Petrolina, PE: Franciscana, 2005. 100 p.
PERFIS biográficos. Paulo Nunes Batista. Disponível em: <www.casaruibarbosa.gov.br/cordel/janela_perfis.html>. Acesso em: 28 out. 2014.
CORDEL Atemporal. BATISTA, Paulo Nunes. In: DICIONÁRIO básico de autores de Cordel. Disponível em: <http://marcohaurelio.blogspot.com.br/2011/06/dicionario-basico-de-autores-de-cordel.html>. Acesso em: 20 out. 2014.
MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. Madureza” (verbete). Dicionário Interativo da Educação Brasileira: EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora, 2002. Disponível em: <http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/ dicionario.asp?id=293>. Acesso em: 28 nov. 2014.
MIRANDA, Antonio. Paulo Nunes Batista. In: POESIAS dos Brasis. Disponível em: <http://www.antoniomiranda. com.br/poesia_brasis/goias/paulo_nunes_batista.html>. Acesso em: 10 out. 2014.
SANTANA Ana Elisa; OLIVEIRA, Noelle. Cordelista e escritor, Paulo Nunes Batista fala de seus mais de 28 livros publicados. Disponível em: <http://www.ebc.com.br/ cultura/2014/04/cordelista-e-escritor-paulo-nunes-batista-fala-de-seus-mais-de-28-livros-publicados>. Acesso em: 20 out. 2014.
Sou filha do Paulo Nunes Batista e tenho grande admiração pela pessoa dele e pelas obras riquíssimas de conteúdo cultural.
Prezada Sonia,
Grande Poeta!
Um grande abraço.
Beth
Eu não conheço, sei que ele Paulo Nunes Batista, é primo legítimo da minha mãe.ele filho de Ugolina e minha mãe filha de Manoel Nunes da Costa,ambos netos do poeta Antonio Ugolino Nunes da Costa. É um grande poeta por dois motivos: o seu grande talento e a herança de família de poetas.
Eu sou Manoel Nunes Cambuim, moro em Mato Grosso do Sul, paraibano de Mãe dÁgua PB região de Texieira.