Tema: Espiritismo
Tema: Prostituição
Tema: Reconhecimento
Nome: Rodolfo Coelho Cavalcante
Rodolfo Coelho Cavalcante (12/03/1919 – 7/10/1986)
Natural da cidade de Rio Largo, Alagoas, o poeta cordelista Rodolfo Coelho Cavalcante nasceu no dia 12 de março de 1919, filho de Artur de Holanda Cavalcante e Maria Coelho Cavalcante. Ainda na adolescência deixou a casa dos pais e percorreu todo o interior do estado de Alagoas, Sergipe, Aos 13 anos de idade, deixou a casa paterna. Percorreu parte do norte e do nordeste especificamente os estados de Alagoas, Sergipe, Ceará, Maranhão e Piauí, exercendo atividades circense como palhaço, propagandista e camelô com o objetivo de auxiliar as finanças familiares entre outras atividades. Fase esta em que já era possível vislumbrar um exímio versejador participando de pastoris, cheganças e reisados.
Todavia foi em Parnaíba no Piauí que mantem seu primeiro investimento no cordel adquirindo para revenda os folhetos do poeta e editor João Martins de Ataíde, dando inicio a atividade de folheteiro.
Em 1945 instala-se em Salvador, Bahia, inicia o movimento em defesa da classe poetas, publicando um folheto dedicado ao Governador da época Otávio Mangabeira, que acabou por liberar os poetas, cantadores e folheteiros da proibição de comercializarem seus produtos em praças públicas. Sua carreira de cordelista e defensor da cultura popular se firma e promove em 1955, juntamente com Manoel D’Almeida Filho e outros expoentes da poesia popular o I Congresso Nacional de Trovadores e Violeiros ocasião em que foi fundada a Associação Nacional de Trovadores e Violeiros, hoje Grêmio Brasileiro de Trovadores, com sede em Salvador, BA. Como jornalista, fundou alguns periódicos, como A Voz do Trovador, O Trovador e Brasil Poético. Tornando-se ainda autor do Hino dos Trovadores.
Seu envolvimento o conduziu a militar também no jornalismo e posteriormente auxilia na fundação da Associação de Imprensa Periódica da Bahia, e filia-se à Associação Baiana de Imprensa. Trovador entusiasta, fundou A voz do trovador, O trovador e Brasil poético, órgãos do movimento trovadoresco. Tem idealizado e realizado muitos movimentos, visando à união dos cantadores.
Brito (2014, p. 39) ao referir-se a Rodolfo Coelho Cavalcante afirma: “O poeta transforma sua experiência de ler, ouvir, imaginar e perceber em narrativas poéticas que imprime e formata em folhetos como meio de comunicação para transmitir informações e notícias originárias de várias fontes, para serem lidas, ouvidas e adquiridas por outros grupos de consumidores”.
Nesse caminhar o poeta também vai atuar como editor promovendo uma significativa rede de distribuidores em todo o nordeste, divulgando sua própria obra e de outros poetas. Sua obra percorria vários temas sendo os mais recorrentes os abecês, biografias, cantorias e fatos do cotidiano. Foi também tema de vários poetas e pesquisadores da literatura de cordel.
O início de sua carreira não foi nada fácil. Imprimia seus folhetos de maneira muito artesanal, no geral composto de 8 páginas, com capas em xilogravuras ou clichês, confeccionados artesanalmente, com a ajuda dos filhos. Somente a impressão era feita em tipografias.
O poeta após uma vasta produção e luta permanente em defesa da cultura popular morre em 7 de outubro de 1986, vitima de atropelamento em frente a sua residência na cidade de salvador, Bahia. Morte que causou repercussão no Brasil e no exterior levando outros poetas a publicar sobre ele. Provavelmente o que mais toca os corações poéticos seja o fato do poeta e trovadorista ter enviado pouco antes de seu falecimento uma trova para o II Concurso de Trovas de Belém do Pará, com o seguinte texto:
Quando este mundo eu deixar
A ninguém direi adeua.
Dos poetas quero levar
Suas trovas para Deus.
Com esta trova Rodolfo Coelho Cavalcante encantou-se deixando seu legado lítero poético, e um território firme para a cultura popular.
FONTES CONSULTADAS
BRITO, Gilmário Moreira. Produção e circulação de folhetos políticos e religiosos de Rodolfo Coelho Cavalcante. Revista Educação e Políticas em Debate, Uberlândia, MG, v. 3, n. 1, p. 38-52, jan./jul. 2014. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaeducaopoliticas/article/view/27681/15160>. Acesso em: 11 nov. 2014.
HAURÉLIO, Marco. Rodolfo Coelho Cavalcante. [S.l.: s.n., 20?]. Disponível em: <http://marcohaurelio.blogspot .com.br/2011/06/dicionario-basico-de-autores-de-cordel.html>. Acesso em: 11 nov. 2014.
MEMÓRIAS DO CORDEL. Grandes nomes do cordel – Rodolfo Coelho Cavalcante. [S.l.: s.n., 20?].
MIRANDA, Antonio. Poesia dos brasis: Rodolfo Coelho Cavalcante. [S.l.: s.n., 20?]. Disponível em: <http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/bahia/rodolfo_coelho_cavalcante.html>. Acesso em: 11 out. 2014.
PINTO, Maria do Rosário. Rodolfo Coelho Cavalcanti. [S.l.: s.n., 20?]. Disponível em: <http://www.casaruibarbosa.gov.br/ cordel/RodolfoCoelho/rodolfoCoelho_biografia.html>. Acesso em: 11/11/2014.
WIKIPEDIA. Rodolfo Coelho Cavalcante. [S.l.: s.n., 20?]. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodolfo_ Coelho_Cavalcante>. Acesso em: 11/11/2014.
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O que disse Jesus ha 2.000 anos
O que Getulio fez pelo Brasil
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O segundo debate do Padre com o comunista
O sofrimento do povo
O trovador do Brasil
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Orestes Quércia: vamos ganhar pra mudar 1982
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Os horrores do fim do mundo
Os milagres do Padre Antônio
Os namoros de hoje em dia
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Quando Jesus padecia
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Nome: Rodolfo Coelho Cvalcante