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Poeta José João dos Santos – Capas dos Folhetos
Poeta José João dos Santos – Síntese biográfica
José João dos Santos (08/01/1932)
Azulão, alcunha de José João dos Santos, nasceu em Sapé, Paraíba, a 08 de janeiro de 1932. Filho de João Joaquim dos Santos e de Severina Ana dos Santos, aos 17 anos na carroceria de um pau-de-arara, embarcou para o Rio de Janeiro, onde foi um dos fundadores da Feira de São Cristóvão. Cantador e poeta popular dos melhores, começou a ser conhecido após uma apresentação no programa de rádio de Almirante, no início da década de 1950.
Seus folhetos mais famosos são O trem da madrugada, como se pode constatar no verso que segue:
Leitores trago mais uma
Criação muito engraçada
Da minha lira poética
Que sempre vive afinada
Desta vez descrevo bem
O movimento do trem
Que desce da madrugada.
Seja de Paracambi
São Mateus ou Santa Cruz
A turma da fuleragem
Que só bagunça produz
De madrugada só quer
Carro que tem mais mulher,
Porta enguiçada e sem luz.
(SANTOS, AZULÃO, O trem…, s/d, p. 1)
Outro folheto que ganhou fama foi O poder que a bunda tem. A obra desse cordelista, que contabiliza ter publicado mais de trezentos folhetos, se destaca principalmente pelo humor, abordando temas como a história da minissaia ou uma genealogia dos chifrudos.
Não deixa de enveredar, também, pelas histórias de animais, pelos contos de castigo e recompensa e por pelejas, fatos políticos e históricos maravilhosos, aspectos da religião (milagres e romarias em Aparecida do Norte), além do romance, como por exemplo, História de Renato e Mariana no Reino de Macabul.
FONTES CONSULTADAS
CORDEL atemporal. [S.l.: s.n., 20?]. Disponível em: <http://marcohaurelio.blogspot.com.br/2011/06/dicionario-basico-de-autores-de-cordel.html>. Acesso em: 22 out. 2014.
GOMES, Marisa Nunes. A inculturação nas salas de aula através do estudo da literatura de cordel. 2013. 37f. Monografia (Graduação) – Faculdade de Pará de Minas, Curso de Letras, 2013.
MENDES, Simone de Paula dos Santos. Um estudo da argumentação em cordéis midiatizados: da enunciação performática à construção discursiva da opinião. 2011. 277 f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Letras, Programa de Pós-graduação em Estudos Lingüísticos, Belo Horizonte, 2011.
NEMER, Sylvia Regina Bastos. Governando as memórias: a feira de São Cristóvão e os novos olhares da governança memoriaL. IN: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE POLÍTICAS CULTURAIS, 4., 2013, Rio de Janeiro. Anais… Rio de Janeiro: Fundação Casa Rui Barbosa, 2013.
NEMER, Sylvia Regina Bastos. Feira de São Cristovão: foi assim que começou. In: ENCONTRO REGIONAL DE HISTÓRIA DA ANPUH, 15., 2012, Rio de Janeiro. Anais… Rio de Janeiro: ANPUH. Disponível em: <http://www.encontro2012.rj.anpuh.org/resources/anais/15/1338341567_ARQUIVO_FeiradeSaoCristovaofoiassimquecomecou.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2014.
Poeta José João dos Santos – Produção Literária
A chegada de Lampião no inferno
A Deusa e o Caçador
A era do chifre
A escravidão moderna
A feira nordestina foi assim que começou.
A festa dos cachorros
A grande briga de Lampião com a moça que virou cachorra
A guerra e a corrupção geral
A história da família camponesa
A intriga do cachorro com o gato
A moda do chifre
A morte de Isabella abalou o Brasil
A morte de João Hélio
A morte do famigerado Lampião
A ousadia da onça e o poder da formiga
A peleja de Azulão com Zé Limeira
A Vitória de Renato e o Amor de Mariana
Adeus a Airton Senna
As falsas religiões
Camisinhas para todos
Caravana Centro Cultural Light
Centro Luiz Gonzaga de tradições nordestinas.
Cordel repente e viola em Portugal com Mestre Azulão e Bezerra do Ceará
CPI, mensalão e ratos brasileiros
Discussão de Joaquim Sertanejo e Francisco Peia-Onça
Escravos do vício
Espaço cultural Praça Catolé do Rocha: Centro de Tradições Nordestinas : Feira de São Cristóvão.
Feira de São Cristovão homenageia o gênio do humor: Chico Anysio.
História de Vicente e Josina
História do caçador que foi ao inferno
Lampião e a velha feiticeira
Nascimento vida e obra de Vinícius de Moraes.
O caos nos hospitais públicos.
O fazendeiro mendigo e a cabocla encalhada.
O grande debate de Lampião com São Pedro
O homem do arroz e o poder de Jesus
O Mártir de San Quentin – Chessman
O poder que a bunda tem
O prazer do rico e o sofrimento do pobre
O trem da madrugada
Os falsos cristãos
Os loucos da moda
Os mamadores da negra dum peito só
Os namorados de hoje
Os prantos de Cacilda e a vingança de Raul
Os sofrimentos de Cristo
Peleja de Azulão com Palmeirinha
Peleja de Azulão com Palmeirinha
Peleja de Azulão com Zé Limeira
Peleja de Azulão do Norte com André Gonçalves
Peleja de Mestre Azulão com Bezerra do Ceará
Peleja de um cantador de coco com o Diabo
Proteja o meio ambiente
Ratos brasileiros
Rogério e Adriana no reino de Macabul
Terror nas torres gêmeas
Um rio de chacinas
Poeta José João dos Santos – Identificação
Nome: José João dos Santos
Pseudônimo: Mestre Azulão