Natural de Assaré (CE), Antônio Sena Alencar nasceu em 28 de outubro de 1928. Filho de poeta, José Sena Alencar e de Dona Ana Maria Alencar, o cordelista Antônio Sena Alencar deixou a terra natal aos 10 anos, mudando-se para Balsas (MA) onde viveu até os 24 anos. Em 1952, mudou para outro município maranhense – Carolina e no mesmo ano seguiu para o estado de Goiás, onde se radicou. Foi no município de Filadélfia (GO) que Antônio Sena Alencar ingressou no Fisco Estadual. Casou-se com Desirée Souza Sena e teve sete filhos (BATISTA, 1976).
Repentista e cordelista, ele escreveu vários folhetos, todos em Goiás e publicados em São Paulo, pela Editora Prelúdio, a quem vendeu os direitos autorais (de 1959 a 1964) (BATISTA, 1976).
São do seu folheto O casamento do matuto solteirão estas estrofes:
Se o leitor nunca viu Um palhaço do sertão Analise este livrinho Veja bem a sensação Até é divertido A vida e o casamento Do matuto solteirão Num recanto do sertão Nasceu esse mandioqueiro Onde criou-se isolado Muito atrasado e grosseiro Com vinte anos de idade Nem tinha ido à cidade Nem conhecia dinheiro Chama-se Manoel Nome que o fez cristão Mas que pouco lhe servia Este símbolo de ablução Pois no meio onde vivia Todo mundo o conhecia Por matuto solteirão Vivia o pobre matuto Num casebre solitário Em companhia da mãe Sem recurso e sem salário Ninguém ligava p'raêle Fazia era troça dêle No seu papel de otário [...] (ALENCAR, [19--?]b)
FONTES CONSULTADAS
ALENCAR, Antônio Sena. João das questões. São Paulo: Prelúdio, [19–?]a. 32 p.
ALENCAR, Antônio Sena. O casamento do matuto solteirão. São Paulo: Prelúdio, [19–?]b. 30 p.
ALENCAR, Antônio Sena. O preguiçoso que fêz pacto com o cão. São Paulo: Prelúdio, c1965. 31 p.
BATISTA, Paulo Nunes. Cordel em Goiás: Terceiro de uma série. Jornal O Popular, Goiânia, 15 fev. 1976. In: Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP). Disponível em: <http://docvirt.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=cdu&pagfis=11246>. Acesso em: 21 ago. 2017.