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Sobre Memórias da Poesia Popular

Projeto (CNPq/PPGCI-UFPB) vinculado ao Grupo de Pesquisa Leitura, Organização, Representação, Produção e Uso da Informação, coordenado pela professora Dra. Maria Elizabeth Baltar Carneiro de Albuquerque, docente e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal da Paraíba.

Poeta Thiago Souza – Capas de Folhetos

Poeta Thiago Souza – Síntese biográfica

Eu sou Thiago de Oliveira Souza, nasci em Guarabira-PB e atualmente moro em Araçagi-PB. Desde criança, sempre fui fascinado pela poesia, encantado com a musicalidade dos versos e a riqueza cultural do Nordeste. Com o tempo, esse interesse se transformou em estudo, me levando a me licenciar em Letras-Português pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e em Artes Visuais pela Faveni, além de me especializar em Teoria da Literatura e Produção Textual. Meu primeiro reconhecimento na poesia veio em 2019, quando participei do concurso literário promovido pela UEPB – Campus III, em homenagem aos 100 anos de Jackson do Pandeiro. Fiquei entre os 13 melhores colocados, e essa experiência me motivou a mergulhar ainda mais na literatura de cordel, um estilo que une minha paixão pela escrita com a tradição popular nordestina. Desde 2021, me dedico à produção de cordéis autorais, cuidando de cada etapa: escrevo, reviso e diagramo os textos com atenção à estrutura rítmica e temática do gênero. Depois, encaminho os folhetos para a gráfica, garantindo qualidade na impressão. Além da versão física, também utilizo plataformas digitais para divulgar meu trabalho e levar a literatura de cordel a um público ainda maior, conectando tradição e modernidade.

Fonte: Poeta Thiago Souza

Poeta Roniere Soares

Poeta Roniere Soares – Capas de Folhetos

Poeta Roniere Soares – Síntese biográfica

Roniere Leite Soares nasceu em Campina Grande no mês de dezembro de 1972, no Hospital Dr. Francisco Brasileiro. Viveu parte da vida no Distrito de Boa Vista, de onde emigrou aos 27 anos de idade, em dezembro de 1999, para Campina Grande-PB. Desde janeiro do ano 2000 mora na cidade Rainha da Borborema, no bairro de Bodocongó, com a esposa e dois filhos. Em Campina se tornou sócio eleito do Instituto Histórico de Campina Grande (IHCG, 2022) e membro perpétuo do Conselho Cristino Pimentel (do Borborema Cangaço, 2023).

Sua antecedência maternal, que aqui é descrita por tradição judaica, deriva do Sr. Bernardino Benício do Nascimento (1871-1947), seu bisavô-materno, que nasceu no Distrito de Guarita, município de Itabaiana-PB. Por isso, faz parte do clã cognominado de ‘Guariteiros’. De outro lado, seu outro bisavô-materno é Severino Francisco Leite (1900-1991), que emigrou da então localidade pernambucana de Timbaúba dos Mocós em 1909. Ambos moraram, respectivamente, nas seguintes localidades campinenses: Sítio São Pedro (Distrito de Catolé de Boa Vista) e no Sítio Monte Alegre (Distrito de São José da Mata).

Roniere Soares teve acesso ao universo do cordel pela 1ª vez em sua infância, ao ver na feira dominical do Distrito de Boa Vista, então município de Campina Grande (PB), cordéis vendidos no mercado público por Seu Manoel Bigode. Posteriormente, ao estudar ‘Educação Artística’ na Escola Cenecista de Boa Vista, sua professora Edneide Marinho Gomes falou das características do cordel e, neste momento, tornou-se curioso sobre a escrita desse tipo de literatura popular, essencialmente nordestina. Assim, essa curiosidade o tornou autor de folhetos de cordel.

No final de 1988, aos 15 anos de idade, exibiu vários poemas na Escola Estadual Theodósio de Oliveira Lêdo, numa exposição pública que se encerrou no início de 1989. Essa exposição contabilizou 535 visitantes. Seu primeiro soneto foi publicado em 1989, cujo título escolhido foi “O Último Bovino Submarino”, numa “Coletânea de Textos dos alunos CAD” (Colégio Alfredo Dantas), organizada pela professora de Português Eude Rocha, em Campina Grande-PB. Roniere tem ao longo do tempo produzido letras para vários hinos e canções, pois também é músico e compositor.

Entre 2014 e 2016 uniu o mundo cinematográfico com o fenômeno da poesia, através da produção do documentário “OS TRINTA POETAS”, reconhecido pela ANCINE em 09/06/2016 como produto do cinema brasileiro, sob o Nº B16-003830-00000. Por causa disso, foi atribuído a Roniere Soares, como produtor/diretor, a categoria pessoal de agente econômico do cinema, sob o Nº 32965. Nesse registro videográfico foram entrevistados 30 vates eruditos e populares da atual cidade de Boa Vista-PB.

Roniere Soares é responsável pela adição de partituras musicais nas contracapas dos cordéis, dando-lhes uma característica musical que já é peculiar ao folheto desde os primórdios. A notação musical serviu para fixar uma melodia em torno da qual é construído o texto poético. Ele foi, possivelmente, o primeiro cordelista que imprimiu esse tipo de linguagem num cordel.

Roniere Soares é licenciado em Letras pela Universidade Estadual da Paraíba (1997-2003) e mestre também pela mesma academia (2003-2005), onde desenvolveu uma dissertação sobre o cangaço na Paraíba. O título do trabalho é ‘Resquícios Cangaçais: um resgate memorial dos bandos anônimos’.

Os treze títulos cordelísticos produzidos por Roniere L. Soares foram, até o presente momento: 1. A História de Lampião – 2001; 2. Mistura Quente: uma disputa poética sobre conhecimentos de mundo – 2005; 3. “Apilídios” da Minha Terra – 2006; 4. Boa Vista na Ponta da Língua – 2007; 5. Bichos e Prantas no Cariri Paraibano – 2008; 6.  A Rinha Poemática dos Repentistas Noberto Montêro e Ontõi Soares nos Cafundós Celestes de Santa Rosa de Bôa Vista – 2010; 7.  A eruditização do cordel (antes do cordel) através da poesia boavistense do vate Edvaldo Perico num pretérito de 510 anos atroz – 2011; 8. Os versos d´O vaqueiro Antônio Bernardino versus Boi Cambaú do Sítio Sãojoãozinho – 2011; 9.  A morte das 13 vacas – 2012; 10. Petróleo & Gás e Energias – 2013; 11. A história dos triunfos e a estória dos trunfos do lutador Ivan Gomes – 2014; 12. O romance da cruz do Gavião: o bandido que se tornou bendito – 2018; 13. Jack: som do pandeiro – 2019.

Em 2023, o poeta Roniere se candidatou a uma vaga na Academia de Cordel do Vale do Paraíba (ACVP), onde há vacância na cadeira do poeta sertanejo Silvino Pirauá de Lima. Os outros inscritos que concorrem à cadeira Nº 58 são Leonardo Leal (Mané Gostoso Neto), Hosmá Passos, Igor Gregório e Fabiano Gumier Costa. A assembleia de eleição não tem data prevista para acontecer, porém será realizada depois da formação de Comissão Eleitoral estabelecida pela Diretoria. Abaixo listamos alguns links onde é possível mergulhar no cabedal inventivo da poética de Soares.

Versão digital do cordel Nº 12 – https://osf.io/jvqz9 – Romance da Cruz do Gavião

https://youtu.be/jYqCddCqMaE?t=126 – Vídeo do escritor Robério Santos sobre a CRUZ DO GAVIÃO, no município de Boa Vista (PB), referindo-se ao folheto No 12 de Roniere Soares.

https://online.fliphtml5.com/vdowk/gqop/#p=1 – Preito aos 100 anos de nascimento de Jackson do Pandeiro. Cordel escrito em 2019, a pedido do ‘Troféu Gonzagão’. Versão em PDF.

Canal do YouTube com todos os vídeos do DOC audiovisual ‘Os Trinta Poetas’: https://www.youtube.com/@ostrintapoetas1629

Lançamento do documentário: https://youtu.be/6CdUApJcIm8 reconhecido pela Ancine (Agência Nacional de Cinema), órgão nacional de registro de produções cinematográficas.

Fonte: Poeta Roniere Soares

Poeta Neto Ferreira

Poeta Neto Ferreira – Capas de Folhetos

Poeta Neto Ferreira – Síntese biográfica

Neto Ferreira (José Ferreira de Lima Neto), filho de José Ferreira Filho (in memória) e Maria das Graças Sarapião de Lima, nasceu em 16 de Maio de 1998, na cidade de Campina Grande-PB. Vindo a residir no Sitio Malhada dos Bezerros, município de Livramento-PB, onde criou um gostar especial pela poesia popular nordestina, pois desde a infância escutava as cantorias através do rádio. Neto é formado em filosofia pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) especialista em História Local e graduando em história pela mesma instituição, membro da Academia de cordel do Vale do Paraíba, vindo a ocupar a cadeira trinta e nove, e tendo como patrono o cordelista e editor pernambucano, João José da Silva. O poeta ainda faz parte da direção do projeto “Cavalgadas nas cidades ”, que tem como objetivo o regaste da cultura local, através da festa da cavalgada.
O poeta é autor do Livro: Entre o Literário e o Filosófico: Patativa do Assaré e Leonardo Bastião, e de outros 14 títulos de folhetos de cordel. No ano de 2022 o poeta foi eleito pelo edital Juventude nas letras (FUNESC/ SEJEL) o melhor cordelistas jovem em exercício do estado da Paraíba, vencendo o certame com o cordel ” Retalhos Históricos do Rei da Glosa: Zé Bernardino”. Ultimamente o poeta se dedica a pesquisar a vida e obra de Leonardo Bastião, e sua consolidação como patrimônio vivo do estado do Pernambuco.
O sociólogo José de Sousa pontua sobre o poeta Caririzeiro, Neto Ferreira me representa quando inclui em seu mandato filosófico a busca, a identificação e a imortalização de talentos populares num horizonte literário em que não devem existir poetas superiores nem poetas inferiores, literatura maior nem literatura menor. Essa atitude é uma virtude de Neto Ferreira que caminha célere para a estatística de “em perigo de extinção”. Na ideologia da competitividade capitalista, o egoísmo individualista aliena mentes e esteriliza corações. Isso para que a indignação e a esperança não germinem criando ânimo para a rebeldia e despertando a vontade de sonhar ao contrário do sonho neoliberal imposto como Nosso Futuro Comum pela Organização das Nações Unidas (ONU). Cultivando princípios outros, como solidariedade, reciprocidade, complementaridade, cuidado com o Outro, o Poeta-Filósofo não aceita a premissa—verdade histórica/cultural—colonial de que o relevante existe sempre em determinados idiomas, é criado sempre por determinados autores e nos chega sempre de determinados lugares, que nunca coincidem com nossos idiomas, autores e lugares.

Fonte: Poeta Neto Ferreira

Poetisa Célia Maria Silva (MARIA PARAHYBANA)

Poetisa Célia Maria Silva (MARIA PARAHYBANA) – Capas de Folhetos