Roniere Leite Soares nasceu em Campina Grande no mês de dezembro de 1972, no Hospital Dr. Francisco Brasileiro. Viveu parte da vida no Distrito de Boa Vista, de onde emigrou aos 27 anos de idade, em dezembro de 1999, para Campina Grande-PB. Desde janeiro do ano 2000 mora na cidade Rainha da Borborema, no bairro de Bodocongó, com a esposa e dois filhos. Em Campina se tornou sócio eleito do Instituto Histórico de Campina Grande (IHCG, 2022) e membro perpétuo do Conselho Cristino Pimentel (do Borborema Cangaço, 2023).
Sua antecedência maternal, que aqui é descrita por tradição judaica, deriva do Sr. Bernardino Benício do Nascimento (1871-1947), seu bisavô-materno, que nasceu no Distrito de Guarita, município de Itabaiana-PB. Por isso, faz parte do clã cognominado de ‘Guariteiros’. De outro lado, seu outro bisavô-materno é Severino Francisco Leite (1900-1991), que emigrou da então localidade pernambucana de Timbaúba dos Mocós em 1909. Ambos moraram, respectivamente, nas seguintes localidades campinenses: Sítio São Pedro (Distrito de Catolé de Boa Vista) e no Sítio Monte Alegre (Distrito de São José da Mata).
Roniere Soares teve acesso ao universo do cordel pela 1ª vez em sua infância, ao ver na feira dominical do Distrito de Boa Vista, então município de Campina Grande (PB), cordéis vendidos no mercado público por Seu Manoel Bigode. Posteriormente, ao estudar ‘Educação Artística’ na Escola Cenecista de Boa Vista, sua professora Edneide Marinho Gomes falou das características do cordel e, neste momento, tornou-se curioso sobre a escrita desse tipo de literatura popular, essencialmente nordestina. Assim, essa curiosidade o tornou autor de folhetos de cordel.
No final de 1988, aos 15 anos de idade, exibiu vários poemas na Escola Estadual Theodósio de Oliveira Lêdo, numa exposição pública que se encerrou no início de 1989. Essa exposição contabilizou 535 visitantes. Seu primeiro soneto foi publicado em 1989, cujo título escolhido foi “O Último Bovino Submarino”, numa “Coletânea de Textos dos alunos CAD” (Colégio Alfredo Dantas), organizada pela professora de Português Eude Rocha, em Campina Grande-PB. Roniere tem ao longo do tempo produzido letras para vários hinos e canções, pois também é músico e compositor.
Entre 2014 e 2016 uniu o mundo cinematográfico com o fenômeno da poesia, através da produção do documentário “OS TRINTA POETAS”, reconhecido pela ANCINE em 09/06/2016 como produto do cinema brasileiro, sob o Nº B16-003830-00000. Por causa disso, foi atribuído a Roniere Soares, como produtor/diretor, a categoria pessoal de agente econômico do cinema, sob o Nº 32965. Nesse registro videográfico foram entrevistados 30 vates eruditos e populares da atual cidade de Boa Vista-PB.
Roniere Soares é responsável pela adição de partituras musicais nas contracapas dos cordéis, dando-lhes uma característica musical que já é peculiar ao folheto desde os primórdios. A notação musical serviu para fixar uma melodia em torno da qual é construído o texto poético. Ele foi, possivelmente, o primeiro cordelista que imprimiu esse tipo de linguagem num cordel.
Roniere Soares é licenciado em Letras pela Universidade Estadual da Paraíba (1997-2003) e mestre também pela mesma academia (2003-2005), onde desenvolveu uma dissertação sobre o cangaço na Paraíba. O título do trabalho é ‘Resquícios Cangaçais: um resgate memorial dos bandos anônimos’.
Os treze títulos cordelísticos produzidos por Roniere L. Soares foram, até o presente momento: 1. A História de Lampião – 2001; 2. Mistura Quente: uma disputa poética sobre conhecimentos de mundo – 2005; 3. “Apilídios” da Minha Terra – 2006; 4. Boa Vista na Ponta da Língua – 2007; 5. Bichos e Prantas no Cariri Paraibano – 2008; 6. A Rinha Poemática dos Repentistas Noberto Montêro e Ontõi Soares nos Cafundós Celestes de Santa Rosa de Bôa Vista – 2010; 7. A eruditização do cordel (antes do cordel) através da poesia boavistense do vate Edvaldo Perico num pretérito de 510 anos atroz – 2011; 8. Os versos d´O vaqueiro Antônio Bernardino versus Boi Cambaú do Sítio Sãojoãozinho – 2011; 9. A morte das 13 vacas – 2012; 10. Petróleo & Gás e Energias – 2013; 11. A história dos triunfos e a estória dos trunfos do lutador Ivan Gomes – 2014; 12. O romance da cruz do Gavião: o bandido que se tornou bendito – 2018; 13. Jack: som do pandeiro – 2019.
Em 2023, o poeta Roniere se candidatou a uma vaga na Academia de Cordel do Vale do Paraíba (ACVP), onde há vacância na cadeira do poeta sertanejo Silvino Pirauá de Lima. Os outros inscritos que concorrem à cadeira Nº 58 são Leonardo Leal (Mané Gostoso Neto), Hosmá Passos, Igor Gregório e Fabiano Gumier Costa. A assembleia de eleição não tem data prevista para acontecer, porém será realizada depois da formação de Comissão Eleitoral estabelecida pela Diretoria. Abaixo listamos alguns links onde é possível mergulhar no cabedal inventivo da poética de Soares.
Versão digital do cordel Nº 12 – https://osf.io/jvqz9 – Romance da Cruz do Gavião
https://youtu.be/jYqCddCqMaE?t=126 – Vídeo do escritor Robério Santos sobre a CRUZ DO GAVIÃO, no município de Boa Vista (PB), referindo-se ao folheto No 12 de Roniere Soares.
https://online.fliphtml5.com/vdowk/gqop/#p=1 – Preito aos 100 anos de nascimento de Jackson do Pandeiro. Cordel escrito em 2019, a pedido do ‘Troféu Gonzagão’. Versão em PDF.
Canal do YouTube com todos os vídeos do DOC audiovisual ‘Os Trinta Poetas’: https://www.youtube.com/@ostrintapoetas1629
Lançamento do documentário: https://youtu.be/6CdUApJcIm8 reconhecido pela Ancine (Agência Nacional de Cinema), órgão nacional de registro de produções cinematográficas.
Fonte: Poeta Roniere Soares