Poeta Neto Ferreira – Síntese biográfica

Neto Ferreira (José Ferreira de Lima Neto), filho de José Ferreira Filho (in memória) e Maria das Graças Sarapião de Lima, nasceu em 16 de Maio de 1998, na cidade de Campina Grande-PB. Vindo a residir no Sitio Malhada dos Bezerros, município de Livramento-PB, onde criou um gostar especial pela poesia popular nordestina, pois desde a infância escutava as cantorias através do rádio. Neto é formado em filosofia pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) especialista em História Local e graduando em história pela mesma instituição, membro da Academia de cordel do Vale do Paraíba, vindo a ocupar a cadeira trinta e nove, e tendo como patrono o cordelista e editor pernambucano, João José da Silva. O poeta ainda faz parte da direção do projeto “Cavalgadas nas cidades ”, que tem como objetivo o regaste da cultura local, através da festa da cavalgada.
O poeta é autor do Livro: Entre o Literário e o Filosófico: Patativa do Assaré e Leonardo Bastião, e de outros 14 títulos de folhetos de cordel. No ano de 2022 o poeta foi eleito pelo edital Juventude nas letras (FUNESC/ SEJEL) o melhor cordelistas jovem em exercício do estado da Paraíba, vencendo o certame com o cordel ” Retalhos Históricos do Rei da Glosa: Zé Bernardino”. Ultimamente o poeta se dedica a pesquisar a vida e obra de Leonardo Bastião, e sua consolidação como patrimônio vivo do estado do Pernambuco.
O sociólogo José de Sousa pontua sobre o poeta Caririzeiro, Neto Ferreira me representa quando inclui em seu mandato filosófico a busca, a identificação e a imortalização de talentos populares num horizonte literário em que não devem existir poetas superiores nem poetas inferiores, literatura maior nem literatura menor. Essa atitude é uma virtude de Neto Ferreira que caminha célere para a estatística de “em perigo de extinção”. Na ideologia da competitividade capitalista, o egoísmo individualista aliena mentes e esteriliza corações. Isso para que a indignação e a esperança não germinem criando ânimo para a rebeldia e despertando a vontade de sonhar ao contrário do sonho neoliberal imposto como Nosso Futuro Comum pela Organização das Nações Unidas (ONU). Cultivando princípios outros, como solidariedade, reciprocidade, complementaridade, cuidado com o Outro, o Poeta-Filósofo não aceita a premissa—verdade histórica/cultural—colonial de que o relevante existe sempre em determinados idiomas, é criado sempre por determinados autores e nos chega sempre de determinados lugares, que nunca coincidem com nossos idiomas, autores e lugares.

Fonte: Poeta Neto Ferreira

Deixe um comentário