Poetisa Silvinha França – Síntese biográfica

Silvinha França (Severina Luís de França) natural de Guarabira- PB, nascida em 13.12.1979, residi em Araçagi-PB.  Formada em Geografia pela UEPB, especialista em Ciências Ambientais pelo Cintep.

Como pesquisadora, concentra-se na pré-história da região do agreste paraibano, é servidora pública no Município de Curral de Cima.

É ativista cultural ativa, e é conhecida por ser a fundadora organizar os movimentos ARAÇACULTURA e CORDEL DAS ROSAS.

Seus trabalhos individuais em cordel incluem títulos como “A Princesa Encantada da Lagoa do Caju”, “Um Autista em Minha Vida”, “Sivuca – O Poeta dos Sons”, “Celso Furtado – Homenagem ao seu Centenário”, “Um Cordel para Clarice”, “São João do Passado ao Presente” e “A História de Dona Vinte”.

Além disso, participou de cordéis coletivos. É autora de livros individuais, como “A Princesa Encantada do Reino de Araçagi” e “O Sítio Arqueológico Lagoa do Caju”, e contribuiu para livros coletivos, como “Dicionário Biobibliográfico dos Cordelistas Contemporâneos”, “Nízia Floresta em Versos de Cordel”, “Pré-História: Uma Coletânea de Textos Didáticos”, “Outra Dose de Saudade”, “O Brasil Entre Cordéis”, “Folhetim”, “Antologia do Cordel das Rosas” e “Antologia da Casa do Cordel”, entre outros.

Além disso, ingressou nas Academias: Guarabirense de Letras e Artes – Casa Marisa Alverga e na Academia de Cordel do Vale do Paraíba.

Conduziu  o programa FOCULTURA pela rádio focolivre.com.br de Imbituba, Santa Catarina. Foi presidenta  da AACG (Associação de Arte e Cultura Guarabira-PB) e  está como conselheira na editoria A UNIÃO da EPC (Empresa Paraibana de Comunicação).

E agora entrou no cenário cinematográfico como roteirista, diretora e atriz com o filme: O Mistério da Lagoa do Caju.

Eu me chamo SEVERINA

Eu me chamo Severina
Meu sobrenome é França
O Cordel na minha vida
Faz parte desde criança
Com ele aprendi a ler
E hoje eu tento escrever
Pois fiz com ele aliança.

O meu primeiro cordel
Foi da princesa encantada
Hoje transformado em filme
Me deixa realizada
Dois mil e onze é o ano
Afirmo sem ter engano
Que dele sou aliada.

Biografias narrei
Para homenagear
Clarice, Celso Furtado
Sivuca pra completar
Waldisia Russio também
E outros temas além
Pude no cordel contar.

A história de Dona Vinte
escrevi com muito amor
E sobre nosso São João
Contei com muito fervor
Uma Autista em minha vida
Minha história preferida
Mostra superar sem dor.

Também sobre a saudade
Muito fundo mergulhei
Narrando uma outra lenda
Novamente destaquei
A mulher da capa preta
Talvez de outra planeta
No cordel eu encaixei.

Como só via cordel
Sempre por homem escrito
Isso não me conformava
Pensei que fosse delito
Chamei outras corajosas
Formamos CORDEL DAS ROSAS
E hoje fazemos bonito

Nos reunimos no mês
Março de dois mil e vinte
De vários estados somos
Produzindo com requinte
Já somos mais de cinquenta
Nossa corrente aumenta
Gratidão, leitor e ouvinte.

Por isso eu afirmo sempre!!!

Eu sou cacto do sertão
Espinhoso e resistente
Teimoso e resiliente
E se cai chuva no chão
Lindas flores se abrirão
Cumprindo com meu papel
Tal qual na escrita fiel
Com rima metrificada
Eu sou rosa perfumada
Nesse jardim de Cordel

Digo que sou nordestina
Paraibana arretada
Por Cordel apaixonada
Desde o tempo de menina
Que a leitura me fascina
Quando eu nem sabia ler
Ler cordel foi dever
Debaixo da castanhola
Foi minha primeira escola
E hoje eu tento fazer.

– Silvinha França.

Fonte: Poetisa Silvinha França

Deixe um comentário